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NASA revive propulsores da Voyager 1 considerados mortos há mais de 20 anos

Os engenheiros da NASA conseguiram reativar os propulsores da Voyager 1, sonda que explora o espaço há mais de 40 anos. Os componentes não eram usados desde 2004, mas foi preciso recuperá-los por causa dos propulsores primários, que controlam a orientação da espaçonave: o acúmulo de resíduos está degradando-os, e se falharem completamente, a sonda pode perder a comunicação com a Terra

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Foi em 2004 que os propulsores originais da sonda falharam devido a aquecedores internos, que perderam energia e pararam de funcionar. Após análises, os cientistas concluíram que os dispositivos não poderiam ser consertados remotamente, e enviaram comandos para que os propulsores reserva entrassem em ação para manter a Voyager 1 estável e em navegação. 

Sem conseguir controlar o movimento da espaçonave, os engenheiros decidiram analisar novamente o incidente de 2004, e descobriram que talvez os aquecedores ainda pudessem funcionar. Se este fosse o caso, eles conseguiriam reativar os propulsores primários caso os de reserva, ativos desde 2004, ficassem totalmente entupidos pelos resíduos.

Além do risco de perda do contato após quase 50 anos da Voyager 1, os engenheiros tinham que correr contra o tempo. O motivo? No início de maio, as antenas na Terra que enviam comandos às Voyager 1 e 2 seriam desativadas para passar por alguns meses de manutenções. 

Para resolver o problema, os engenheiros reativaram os propulsores de reserva da Voyager 1 e tentaram reiniciar os aquecedores; se os dispositivos perdessem demais a direção da estrela usada como referência no processo, o sistema de segurança da espaçonave ativaria automaticamente os propulsores. O problema é que, se os aquecedores não tivessem voltado à ativa, os propulsores poderiam causar pressão demais na espaçonave

Hoje, a Voyager 1 está tão distante que os engenheiros tiveram que esperar 23 horas para o sinal de rádio retornar e mostrar se o teste deu certo. A espera valeu a pena: em 20 de março, eles descobriram que a Voyager respondeu perfeitamente aos comandos, e que os propulsores de reserva haviam voltado à ativa. Ufa! 

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