Percolando pistas: NASA modela nova maneira de construir núcleos planetários
Um novo estudo da NASA revela uma maneira surpreendente como os núcleos planetários podem ter se formado – que poderia remodelar a forma como os cientistas entendem a evolução inicial de planetas rochosos como Marte.
Conduzido por uma equipe de cientistas em início de carreira e pesquisadores de longa data da Divisão de Pesquisa e Ciência de Exploração de Astromateriais (ARES) no Centro Espacial Johnson da NASA em Houston, o estudo oferece a primeira evidência experimental e geoquímica direta de que o sulfeto fundido, em vez de metal, poderia se infiltrar na rocha sólida e formar um núcleo – mesmo antes que o manto de silicato de um planeta comece a derreter.
Durante décadas, os cientistas acreditaram que a formação de um núcleo exigia o derretimento em larga escala de um corpo planetário, seguido por elementos metálicos pesados afundando no centro. Este estudo apresenta um novo cenário – especialmente relevante para planetas que se formam mais longe do Sol, onde o enxofre e o oxigênio são mais abundantes que o ferro. Nesses ambientes ricos em voláteis, o enxofre se comporta como sal de estrada em uma rua gelada – ele reduz o ponto de fusão reagindo com o ferro metálico para formar sulfeto de ferro para que possa migrar e se combinar em um núcleo. Até agora, os cientistas não sabiam se o sulfeto poderia viajar através de rochas sólidas sob condições realistas de formação planetária.
Trabalhar neste projeto nos levou a ser criativos. Foi emocionante ver os dois fluxos de dados convergirem na mesma história.

Dr. Jake Setera
Cientista ARES com Amentum